quarta-feira, abril 27, 2005

cinema paradiso

Daqui, da penúltima fila, bem no centro, os personagens da tela não notam a minha presença. Eu sinto suas pulsações, seus amores, ódios, sarcasmos. Participo de suas intrigas, de suas conquistas, medos e alegrias. Apenas meu olhar reflete essa miscelânea de sentimentos. A tela grande me consome....
Eles nem sequer sabem da minha existência. E eu prefiro assim. Enquanto eles seguem seus caminhos já estipulados nos roteiros previamente estudados, eu estou aqui, sofrendo por amores, desejando a felicidade, julgando os bandidos, torcendo pelo final feliz dos mocinhos.
De qualquer maneira, a poltrona continua confortável e minha visão daqui mais ainda.

(não quero mais seu longa-metragem)