terça-feira, novembro 22, 2005

Sempre tive a impressão que os últimos seis meses do ano sempre são melhores. Não sei se é pela primavera, mas algo de bom sempre acontecia no segundo semestre pra mim. Mas esse ano foi diferente. Recebi a pior notícia da minha vida até agora. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo. Sei que é um pouco egoísta pensar assim, mas nunca pensei que meu pai acabaria tendo leucemia.

Do dia 15 de setembro pra cá, tudo mudou. E não avalio tudo pra pior. Bem pelo contrário. Nunca tivemos tão unidos aqui em casa. Nunca foi tão bom estarmos junto. Nunca foi tão divertido contar as pequenas coisas do dia-a-dia e ficar encantado com as pequenas vitórias.

Eu aprendi e estou aprendendo muito com tudo isso. Às vezes bate o desepero e me pego chorando sozinha no meio da madrugada ainda muito abalada com tudo isso. Mas eu sei que é preciso ser forte. Que preciso me agarrar a todas as esperanças possíveis, mesmo que elas representem 1% nesta história toda.

Acredito que nesta semana meu pai já tenha recebido alta para enfim passar o seu aniversário (que é no domingo) junto a nós. E isso me faz feliz. Pelos cálculos das sessões de quimioterapia ele vai passar o natal e o ano novo no hospital. Mas isso já não importa. Que importa é que HOJE estou feliz porque ele está bem. O resto é bobagem.

(Mariafê aliviada-emocionada)

1 Comments:

At 4:52 PM, Anonymous Anônimo said...

ASSIM QUE SE FALA MARIA FÊ!
E SABE QUE AS AMIGAS ESTÃO AI NÉ!?

 

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