segunda-feira, julho 10, 2006

A cabeça, um turbilhão de pensamentos. Os sonhos começam a se realizarem. E eu aqui, me sentindo assustada: será que mereço tanto?

Ás vezes parece difícil de acreditar que a luta diária chega em algum lugar. Não que eu tenha chegado onde queria. Mas muito perto.

Há 8 anos, quando decidi fazer jornalismo, uma das inúmeras coisas que mais me fascinava na profissão era possibilidade de viajar. Uma vizinha, bem velhinha, quando viu minha faixa de Bixo Vestibular me disse uma vez "daqui há pouco só vai dar tu viajando fazendo matérias por ai". Eu abri um sorriso descrente e disse "quem sabe?"

Esse ano minha vida profissional deu um giro, uma guinada que nem eu mesmo esperava. As viagens, sim, elas estão acontecendo. E com mais freqüência do que eu imaginava. São cansativas, árduas, mas muito gratificantes.

Daqui há 20 dias me mudo. Achei um cantinho só pra mim, como sempre desejei. E é tão bom. Tão gostoso. E com o apoio de tanta gente então...fica melhor ainda.

Só fico triste que meu pai não está aqui pra ver que valeu a pena tanto esforço, tanta luta, tantas noites mal dormidas, tanto dinheiro investido na faculdade.

Pai, onde quer que você esteja, essas pequenas vitórias só foram possíveis graças ao teu apoio. Nunca vou me esquecer daquela noite, o senhor já doente, sem cabelos por causa da quimioterapia, me dando o maior apoio no final de novembro do ano passado, quando eu decidi trocar de emprego no meio de tanta dor na nossa família.

Ontem, no dia do meu aniversário, o primeiro sem a tua presença física, senti muito a tua falta. Mas sei que o senhor nos protege ai de cima. Estou orgulhosa de mim e, muito, por ser um pedaço de ti. Fica com Deus.

3 Comments:

At 7:53 AM, Anonymous Anônimo said...

Fico tri feliz por ti querida!!!
bjs
gué

 
At 11:55 AM, Anonymous Anônimo said...

Fernandinha... em primeiro lugar, feliz aniversário. Sinto muito pelo teu pai, deve mesmo ter sido difícil. As pessoas mais fundamentais fazem falta exatamente nas horas fundamentais. Do contrário, seriam insignificantes como são os insetos do chão. Se reconheces isso, então tenho certeza, ele deve sorrir onde está.

 
At 12:38 PM, Anonymous Anônimo said...

É, Fê, orgulho é o que teu pai deve estar sentindo, assim como todos nós! Fiquei tão feliz por te ver tão animada aquele dia, tão contente em ter os apetrechos pra tua casinha! Lembra quando conversávamos na Fundarc? Pois é, sonhos realizados! Que bom! Que bom!
Só não esquece que o baldinho é uma lixeira e não um copo de caipirinha... haha
Beijossssss

 

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