quinta-feira, fevereiro 08, 2007

A mensagem recebida, logo pela manhã, lhe proporcionou um misto de ansiedade e dor. O caminho de ida lhe pareceu mais longo que o normal. A expectativa estava nos olhos, no jeito de esconder as mãos, no caminhar e, especialmente, dentro dela, que a qualquer sinal de transparência, refletia imediatamente um semblante maduro no ar.

Foi cordial e sensível naquele momento. Como mandava o figurino.

Entre os períodos de silêncio, olhou discretamente para as mãos deles, pro seu jeito de olhar e de abraçar alguém que não era ela. Percebeu a falta que fazia. Não o morto ali em frente, mas aquele menino sentado com olhar triste procurando um colo que, definitivamente, não era mais o dela.

(Maria Fê – “ô guria dos inferno!!!”)