Ele vascunha ansiosamente diversos sites em pleno horário de trabalho em busca de respostas que com certeza não estaram ali.

Seus dias estão cada vez mais cinzas e cansativos. Mas ninguém percebe. Continuam achando que seu sorriso largo é o mesmo de três ou quatros anos atrás - afinal ele não sabe a última vez que foi feliz.

Ele não tem mais vontade de viver. Mas nunca cometeria suicídio, apesar de que alguns dias atrás, no alto de uma passarela sobre uma via expressa, imaginou seu corpo lá embaixo jogado no asfalto quente. Porém, como já foi mencionado aqui, ele não tem coragem para tanto.

Ele ainda aguarda dias melhores, sorrisos leves e soltos e aquele frio na barriga explodindo por todos os poros.

Mas, hoje, ele só quer ficar sozinho e chorar feito um menino que perdeu de 5 x 0 no jogo de futebol da escola. Para amanhã acordar e esquecer tudo o que passou.