quarta-feira, novembro 14, 2007

Engraçado que depois que perdi meu pai, meus tios resolveram atuar como se fossem ele. Não, não acho isso nada ruim, bem pelo contrário. Me sinto ainda uma menina teimosa, apesar dos meus 26 anos, de morar sozinha e de ser financeiramente independente. Por isso, acho que mereço sim uns puxões de orelha, de vez em quando.
Domingo, um dos meus tios, mais especificamente o irmão do pai (aliás, o único irmão dele que ainda tenho contato) resolveu “conversar de perto” comigo. Ele me falou coisas que viveu, da infância e adolescência dele e do meu pai, mostrando algumas atitudes que deram certo e outras que não, e que eu estava agindo da mesma maneira, dando murro em ponta de faca. Tive que concordar (apesar da teoria estar bem longe da prática).

Certa vez, em um seriado de TV, uma menina falou que “liberdade demais parece falta de afeto”. Talvez é assim que andava me sentido até então. Sei lá, tu é dona do teu nariz, não dá satisfação pra ninguém, faz o que quer...mas chega uma hora que isso cansa. Você precisa de alguém para dar satisfação, como se esse alguém zelasse por ti, de certa forma.

Pode até ser carência da minha parte, mas o fato é que vou ter 30, 40 anos e estarei ainda esperando alguém me dar limites, me apontando erros e acertos para me mostrar o quanto gostam de mim.

(Maria Fê um pouco fragilzinha por sinal)

1 Comments:

At 8:35 PM, Blogger Nina Garimpa said...

Silêncio ou palavra. Afago ou distância. Sendo verdadeiro, eu quero um pouco mais.

 

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