Um guarda-chuva que quebra bem no meio de um "aguaceiro" às 7h30 da manhã de uma segunda-feira;

Uma dor de cabeça que pede por repouso absoluto e a ausência na aula;

uma pilha de livros na escrivaninha loucos para serem "devorados";

uma geladeira, que mesmo ligada, deixa a cozinha alagada e a conta de luz lá em cima;

uma cama velha, que desaba e o sofá se torna o melhor lugar para dormir;

um varal cheio de roupas pingando e outono que chega para deixa-las ainda mais tempo molhadas;

uma carteira vazia e um único cârne pendente ao lado na bolsa;

uma ligação destretensiosa, que traz palavras amigas e que torna tudo isso muito mais fácil...

(Maria Fê precisando respirar)

crise de nervos
crise de choro
crise de dor no estômago
crise de dúvidas
crise de ansiedade...

começaram os trabalhos.

rumo ao término de mais um ciclo na minha vida.

parece mentira.

(maria fê com aquele friozinho na barriga)

A Moto
(Paula Toller/ Herbert Vianna)

Meu carro vai
Seguindo o fluxo do tráfego
A moto desliga
o meu piloto automático

Não sei que horas são
Só sei que vou correndo atrás
Nem sei se volto mais
A multa já não importa

Não vejo bem
Mas é você pelos gestos
Eu penso em seus beijos, versos e sexo

Não me procure então
Minha presença tanto faz
Não se preocupe mais
A culpa não interessa tanto
Durma em paz

Me sinto bem a 120 por hora
Assim se vai
toda tristeza embora

Descendo a rua
Subindo à minha cabeça
Desejo a lua
Preciso que ela apareça
Depressa...
Depressa...

A indiferença é foda. Ainda mais entre componentes de um pequeno grupo.
É incrível como o meio acadêmico não influencia as pessoas a ter boa educação.
Nem mesmo para dizer um “muito obrigado” após receber uma bala.

(Maria Fé chateada, decepcionada e de saco cheio com tanto estrelismo)