segunda-feira, novembro 19, 2007

"Eu vivo de aceitar."

(Nei Lisboa - Relógios de sol)

quarta-feira, novembro 14, 2007

Engraçado que depois que perdi meu pai, meus tios resolveram atuar como se fossem ele. Não, não acho isso nada ruim, bem pelo contrário. Me sinto ainda uma menina teimosa, apesar dos meus 26 anos, de morar sozinha e de ser financeiramente independente. Por isso, acho que mereço sim uns puxões de orelha, de vez em quando.
Domingo, um dos meus tios, mais especificamente o irmão do pai (aliás, o único irmão dele que ainda tenho contato) resolveu “conversar de perto” comigo. Ele me falou coisas que viveu, da infância e adolescência dele e do meu pai, mostrando algumas atitudes que deram certo e outras que não, e que eu estava agindo da mesma maneira, dando murro em ponta de faca. Tive que concordar (apesar da teoria estar bem longe da prática).

Certa vez, em um seriado de TV, uma menina falou que “liberdade demais parece falta de afeto”. Talvez é assim que andava me sentido até então. Sei lá, tu é dona do teu nariz, não dá satisfação pra ninguém, faz o que quer...mas chega uma hora que isso cansa. Você precisa de alguém para dar satisfação, como se esse alguém zelasse por ti, de certa forma.

Pode até ser carência da minha parte, mas o fato é que vou ter 30, 40 anos e estarei ainda esperando alguém me dar limites, me apontando erros e acertos para me mostrar o quanto gostam de mim.

(Maria Fê um pouco fragilzinha por sinal)

quinta-feira, novembro 08, 2007

RIMA RICA/FRASE FEITA
Nei Lisboa

Desculpe, meu bem
Se ontem te fiz chorar
Mas a vida é assim mesmo
Não se pode exigir
Pouco dá pra esperar
Muito obrigado por tudo
Pelo teu suor, pelos teus gemidos
E espero que a minha estupidez
Cicatrize teus sentimentos feridos
Nasci e morro assim, só
Perdido no escuro, dentro de mim
E vou cruzando o barro
Vou comendo pó
Até que chegue o fim
Mas a força eu retiro
Sugo feito vampiro
De saber que as estrelas
Também vivem sós
De um cigarro amassado
De uma rua deserta
De outros que até eu posso sentir dó
Da menina de olhos grandes como a lua
De uma noite sentindo tua carne crua
E dos bares, das festas
Dos vinhos, serestas
Das mentes infestas de podres horrores
De mil desamores
Do chope das quatro
Desse louco mundo putrefato
Dessa grande peça de teatro

quinta-feira, novembro 01, 2007

um pouco triste
um pouco sozinha
um pouco melancólica
um pouco gripada
um pouco feliz
um pouco otimista
um pouco.