quarta-feira, junho 29, 2005

boas notícias: a morte passou longe. meu tio foi pro quarto. posso retomar minha vida agora, mais aliviada, mais feliz.

segunda-feira, junho 27, 2005

final de semana turbulento

meu tio, irmão da mãe, no hospital, entre a vida e a morte. Um acidente de moto resultou um coágulo na cabeça. Passar sábado e domingo na emergência do Hospital Cristo Redentor esperando cinco minutos de visita. É angustiante. Cada vez que toca o telefone é um susto. O pior é dar força pra mãe e pra vó numa hora dessas e ter que fingir que está tudo bem. Que não há risco de vida e muito menos o que temer.
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última semana na faculdade, últimos trabalhos a serem entregues - os últimos, os piores, os de maiores peso na nota e a cabeça bem longe... (a concentração desaparece numa hora dessas)
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no trabalho, final de mês, confecção do informativo, rever o layout dos cartões de visita, reunião da juventude para organizar até sábado... (vontade de sentar no cantinho)

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aniversário se aproximando e o clima nada propício para data (a gente aguarda tanto a data cair num sabádo que, quando acontece, não é a hora)
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meu sonho está sendo adiado mais uma vez. não dá pra pensar nada agora. (apesar do período "entre semestres" ser perfeito para enfim as coisas acontecerem)
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insônia, insônia, insônia. acho q vou tomar umas boletas e acordar quando tudo passar.

(Mariafe aguardando bons ventos. os melhores)

"que angústia desesperada, minha fé parece cansada e nada, nada mais me acalma"
Barão Vermelho

quinta-feira, junho 23, 2005

certo dia li isto em uma loja:

"no espaço entre o que sou e o que desejo ser, meu coração voa..."

(eu sinto, muito)

quarta-feira, junho 15, 2005

Meu coração transbordando sensibilidade e meu sorriso sempre estampado, apesar das ameaças de chuvas e trovoadas.

fazia tempo que não me sentia assim.

The Scientist
(Coldplay)

Come up to meet you
Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you
Tell you I need you
And tell you
I set you apart
Tell me your secrets
And ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles
Coming up tails
Heads on a silence apart
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
I was just guessing
At numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science
Science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me
Come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles
Chasing tails
Coming back as we are
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it woul be so hard
I'm going back to the start

domingo, junho 12, 2005

Nada como passar um final de semana no mato. Sim, no mato. Lá onde tem muita vaca, boi, cavalo, lavoura de fumo, mandioca, laranja. Onde o leite é fresco, as frutas e hortaliças são mais saborosas. Lá onde as pessoas são (aparentemente) mais pacadas...
É, fugi para o interior de Santa Catarina neste último sábado. Também podia, né? Depois de uma semana cruel, cheia de problemas pro meu lado, nada melhor que fugir para um lugar bem calmo, onde ninguém me conhece...
Foi ótimo ficar um final de semana, sem celular, sem computador (e muito menos internet), sem essa correria toda. Até pensei em ter levado os meus polígrafos para estudar pra prova de amanhã, mas decidi deixar tudo por aqui. E não me arrependi. Tudo foi muito bom mesmo. Mas voltei antes que eu enjoasse de tudo aquilo ali.
Agora estou renovada. Pronta para mais uma semana de turbulências pela frente. Pronta para pular as grades e enfrentar os cães.
Até a síndrome de domingo a noite esqueceu de bater por aqui.
Bom, acho melhor não falar muito no assunto, pois senão daqui há pouco ela aparece...fui!

quarta-feira, junho 08, 2005

Ontem tive mais uma aula maravilhosa de Psicologia da Comunicação. Fizemos uma atividade chamada "oficina do equilibrista". Foi mais o menos assim: a professora fez todo mundo arredar as classes e fazer movimentos de um lado, depois para outro, para frente para atrás, buscando ao máximo nosso equilíbrio. Logo depois ela mandou se "desequilibrar e cair no chão". Foram tímidos os tombos, mas no final das contas estavam todos lá, inclusive a professora no chão literalmente deitados no meio da sala. Uma colega entrou atrasada e levou aquele susto vendo aquilo ali. Foi muito bom e muito divertido. Porém, o melhor foram os ensinamentos do dia. Com a metáfora do "equilibrista", a professora falou dos desejos, dos nossos sonhos. Que na maioria das vezes é preciso arriscar um "desequilibro" para conquistar algo. Ela falou que quando desejamos muito, quando acreditamos e lutamos por algo, a conquista está garantida. E que é um trabalho árduo buscar equílíbrio na vida numa sociedade totalmente caótica e louca em que se vive. É óbvio que ela linkou tudo isso com o trabalho de ser um comunicador, de como tudo influencia na produção de um comercial, de uma matéria jornalística, de um programa de tv.
Mas o que mais me tocou foi o lance do desejo. Sou daquele tipo de gente que ama viver, que corre atrás dos sonhos. Que enfrenta muito não, muita indiferença, muita injustiça, mas que não chegam aos pés do desejo que se tem.
Ontem a tarde tive um daqueles puxões de tapete. Foi uma decepção gigante. Chorei muito quando finalmente cheguei em casa. Botei tudo pra fora mesmo. Mas hoje estou bem melhor, estou de alma lavada e até esqueci ocorrido: minha busca é muito mais importante que tudo.

sábado, junho 04, 2005

Não tem dia que eu não pense em você. Não, não que eu te queira novamente, mas eu gostaria de entender apenas uma coisa. No último dia, quando você deu a volta no quarteirão, desligou o motor do carro e disse que queria ficar mais tempo comigo, eu nunca imaginaria que aquilo fosse uma despedida. Eu sabia que algo estava errado, pois você me largava na via principal da estação do trem e saia para encontrar com os seus livros. Mas naquela tarde foi diferente. E eu gostaria de saber: Você foge sempre?
Enquanto não tenho a resposta, todos os dias me lembrarei de você até que um dia eu perceba que pela primeira vez você não resistiu e ficou.


Trilha:
Formato Mínimo (Skank)

Começou de súbito
A festa estava mesmo ótima
Ela procurava um príncipe
Ele procurava a próxima

Ele reparou nos óculos
Ela reparou nas vírgulas
Ele ofereceu-lhe um ácido
E ela achou aquilo o máximo

Os lábios se tocaram ásperos
Em beijos de tirar o fôlego
Tímidos, transaram trôpegos
E ávidos, gozaram rápido

Ele procurava álibis
Ela flutuava lépida
Ele sucumbia ao pânico
E ela descansava lívida

O medo redigiu-se, ínfimo
E ele percebeu a dádiva
Declarou-se dela, o súdito
Desenhou-se a história trágica

Ele, enfim, dormiu apático
Na noite segredosa e cálida
Ela despertou-se tímida
Feita do desejo à vítima

Fugiu dali tão rápido
Caminhando passos tétricos
Amor em sua mente épico
Transformado em jogo cínico

Para ele, uma transa típica
O amor em seu formato mínimo
O corpo se expressando, clínico
Da triste solidão, à rubrica

sexta-feira, junho 03, 2005

Lying In The Sun
(Stereophonics - albúm Just Enough Education To Perform)

Wish I could lie in the sun.
The same things as anyone.
Wish I could lie down there,
with my feet high in the air.

I'd have a drink in my hand,
read words from a newspaper stand.
Wish I could lie in the sun,
wish I could fly like everyone.

But you burn me up, you paint my skin
in bad designs that ain't even in.

My skin's crawling up the wall,
into the the ocean I'd love to fall.
I hear the sounds but they ain't the same
as feeling them with you two feet away.

There's always more worse of than me,
suppose I'm lucky I can even see
all the people that I'd like to be
passing me by everyday in the street.

But you burn me up, you paint my skin
in bad designs that ain't even in.
I got good lungs, I got a good heart,
my mind is fit and my feet can walk.

Here I am in the shade on the street,
asking people for money to eat.
What did I ever do to deserve this?
Did I kill a child or something worse?
What's the reason, baby make you feel
how much more fortunate you are than me.

quarta-feira, junho 01, 2005

CHEGA!!!!!!!!

o pior de uma quarta-feira de folga é saber que a terça, apesar da correria faculdade/trabalho, foi muita mais divertida que um dia ensolarado sem fazer nada.
Tédio. Simplesmente folga não combina comigo, ainda mais no momento em que estou. Momento que fico pensando no que foi, no que não foi e no que poderá ser ou não. E nesse marasmo aparente, mas com o pensamento a mil, a rotina é fato: não aguento mais tudo igual; de continuar falando cu para todos os problemas e encrencas que aparecem ficando azeda com mais facilidade; de olhar TV e dar oi para a criançinha ou o bonequinho da Oi Internet; de assistir um clip ou ouvir uma música do David Bowie e lembrar do filme Christiane F.; de acordar com o cabelo desse tamanho e apenas prende-lo com uma caneta; de continuar criando laços invisíveis; de continuar com as mãos atadas; de ter vontade de abraçar só pra sentir a sensação (nova/denovo); de ficar vermelha após um telefonema; de se culpar de algo que ainda não aconteceu; de reclamar e não fazer nada; de protelar a dieta, as caminhadas; de vagar pela casa pra cima e pra baixo tentando me encontrar.
Não aguento mais ser tão previsível.

E Eu não suporto gente previsível.

Sabia que você é previsível? Sim meu bem, você muito previsível.

Sorry, mas é verdade.

Trilha: Tédio (com um T bem grande pra você)