segunda-feira, outubro 31, 2005


Maria Fê mais ácida do que isso.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Quem consegue escrever fichas de leituras e todo um referencial teórico de um projeto de pesquisa, dar conta de outras quatro cadeiras estando pai e mãe desempregados, um pela enfermidade, outro pela ideologia, e no meio desse tumulto idas e vindas do hospital por causa de uma doença maldita que abalou as estruturas da família há 40 dias?


Eu não consigo!

(Maria Fê sem chão, sem teto, sem parede)

terça-feira, outubro 25, 2005

"Tô me sentindo meio janta hoje
Tô me sentindo meio arroz com feijão..."

(Prato do Dia - Pato Fu)

terça-feira, outubro 18, 2005

SIM!

Bom, o polêmico referendo tá ai. Como eu também tinha que dar o meu pitaco resolvi publicar um texto do jornalista Fernando Paiva (www.maquinadeescrever.com) que é perfeitamente aquilo que eu gostaria de ter escrito:

"Também morre quem atira

O que deveria ser mais importante: o direito de viver ou o direito de matar? Quem deseja o direito de matar? Revolucionários de extrema esquerda? O exército? Conservadores de extrema direita interessados na defesa de sua propriedade e do status quo? Vale matar por uma revolução? Vale matar para proteger sua propriedade? Vale matar em defesa da própria vida?
Acho que ninguém tem direito de matar ninguém. Nem um soldado. Nem um policial. Nem um cidadão comum. Nem Deus, pois não acredito nele. Isso deveria ser um princípio básico de uma sociedade moderna. É uma lição que aprendemos no jardim de infância mas que muitos teimam em esquecer: a sua liberdade acaba quando começa a do outro. Simples assim. Até uma criança de seis anos entende.
Outra lição que já se provou verdadeira, mas que a humanidade não aprende: violência gera violência. Ou, como diz um verso de Marcelo Yuka: "também morre quem atira".
Não preciso de estatísticas para definir meu voto no referendo do dia 23 de outubro. Para mim é uma questão de princípios. Votarei "sim", pela proibição do comércio de armas de fogo. Se pudesse, votaria "sim" para acabar com a fabricação de armas de fogo. E votaria "sim" para desarmar o exército e a polícia.
Fernando Paiva
P.S.: Estatísticas são frágeis como vidro. Tudo pode ser distorcido para provar o que bem quiser. A campanha do "não", por exemplo, informou outro dia em seu programa de TV que o Rio Grande do Sul é o estado com maior número de armas de fogo por habitante e, ao mesmo tempo, o estado com o menor número de homicídios com armas de fogo. Só esqueceram de mencionar que é também um dos estados com maior IDH do Brasil e, portanto, menor desigualdade social, o que gera menos assaltos etc.

P.S.2: Tenho medo dos marqueteiros. A campanha do "não" na TV no começo era feia e pouco atraente. Tinha exatamente a cara dos seus líderes ultra-nacionalistas e ultra conservadores: quadrada. Porém, esta semana a estratégia mudou. Talvez alguma pesquisa de opinião tenha levado uma luz para os publicitários por trás da campanha e convencido os clientes em questão a mudar a estratégia de marketing. Agora botam vinhetas com jovens descolados dizendo que votam "não" porque são contra qualquer tipo de proibição. Ou seja, o "não" agora posa de moderno e pra-frentex! Só falta colocar pra tocar "é proibido proibir" do Caetano Veloso. Adotaram um discurso pseudo-libertário! E o que é pior: tenho certeza que muita gente vai cair nesse engodo! Mais uma vez: ninguém tem liberdade pra matar ninguém. Ter o direito de ter uma arma não é nem um pouco libertário.

P.S.3: Quem ainda não ouviu, corra para www.cocadaboa.com e ouça o trote que Mr Manson e companhia supostamente passaram em uma repórter da campanha do "não". Pode até não ser verdadeiro, mas é engraçado demais."

sexta-feira, outubro 14, 2005

Girassóis
Cidadão Quem
(Duca Leindecker)


Nunca olhei pros lados

Pra não perder a direção
Nem senti meus passos
Na marcha cega
Encontro uma razão
Talvez perca o emprego
Talvez a sua resposta seja não
Quero dar um jeito
De conseguir pagar a prestação
De passear na grama do parcão
De respirar deitar ao sol que brilha

Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto se sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto...

Nunca olhei pros lados
Pra não perder a direção
Nem senti meus passos
Na marcha cega
Encontro uma razão
Talvez perca o emprego
Talvez a sua resposta seja não
Quero dar um jeito
De conseguir pagar a prestação
De passear na grama do parcão
De respirar deitar ao sol que brilha

Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto se vai
Deixo o sol bater na cara
Esqueço tudo que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
Que aí o desgosto se vai

sábado, outubro 08, 2005

Boas notícias

Graças à todas orações, energias, aos médicos, e, é claro, a Deus meu pai está melhor. A cura, propriamente dita, vai demorar. Mas o que interessa é as coisas estão indo bem. Só faltam as defesas do organismo aumentarem um pouquinho e ele já vem pra casa.
(Não vejo a hora de ouvir ele me xingando que eu deixei as luzes acesas pela casa - sinto até falta disso.)
Valeu à todos os amigos pela força de sempre.

(Mariafe num sábado mais feliz)

sexta-feira, outubro 07, 2005

Poema
Cazuza/Frejat

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
De um tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço, um consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos ou anos atrás

domingo, outubro 02, 2005

Ok. Meu pai precisa de 11 doadores de sangue

Para doar, é preciso ir até o Banco de Sangue do Hospital de Clínicas (na rua São Manoel, 543 - 2º andar - POA) das 8h às 17h de segunda à sexta ou aos sábados das 8h ao meio dia.
Comunicar à recepcionista que a doação é para:

Paciente WILSON DOS SANTOS MACIEL
Prontuário 10102416
leito 573 B

Maria Fê agradece

sábado, outubro 01, 2005

Doe sangue e plaquetas

A luz no fim do túnel já pode ser vista daqui. O desespero inicial da notícia da doença, pra mim, foi a parte mais cruel, o que mudou a minha vida do dia 15 de setembro pra cá.
Quando o teu pai cai no hospital, ou seja, quando ele é internado as pressas com leucemia, do dia pra noite, dormindo na cadeira de plástico da emergência do hospital no primeiro dia, teu mundo desaba. Teus conceitos de uma vida feliz então, vão por água baixo. Sem contar que problemas triviais da rotina, que a gente acha o fim do mundo, se tornam um grão de areia num deserto.
Bem, o importante que o tratamento está sendo feito e ele está respondendo muito bem as medicações, apesar da dificuldade de enxergar e de ouvir devido as conseqüências da quimio.
Como as sessões de quimioterapia terminaram, meu pai está recebendo sangue e plaquetas por causa da anemia. Mesmo que a equipe médica ainda não tenha se manifestado, pedindo doadores, me ofereci para levar alguns, já que sempre fui doadora de sangue.

Quem tiver afim de doar, é preciso ir no banco de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que fica na São Manoel (não sei o número), bem atrás do hospital (na Ramiro Barcelos). O telefone de lá é (51) 21018504. Comunicar à recepcionista que a doação é para o paciente WILSON DOS SANTOS MACIEL. Ah, além do sangue, quem puder, também seria importante doar plaquetas (PS. em apenas uma bolsa de plaquetas, que o meu pai recebe, tem em média 7 doadores, por isso essa necessidade.)

Ficarei agradecida com o gesto.

Mariafe – otimista como nunca

trilha:

Paciência
(Lenine)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não)
Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não...a vida não pára)