Os olhos azuis se fecharam para eternidade e eu fiquei aqui com o coração apertado, mas de algum maneira, aliviado, pois a dor não existe mais.

Termino 2007 com um vazio e uma sensação que o chão se abriu diante dos meus pés. Porém, ainda tenho esperanças de dias melhores.

Que venha então 2008, que eu mato no peito por aqui.

(Maria Fê, triste, melancólica, precisando de colo)

A vontade é descer agora, sentar no meio fio da calçada, colocar a cabeça entre as pernas e chorar até cansar. E, logo após, levantar e caminhar sem olhar para trás.

E novamente contando os dias para a perda, para sofrer, para os desencontros e problemas consequentes, para a saudade eterna, para ver o mundo da minha mãe desabando, para a sensação de que vou perder tudo mundo, para o sentimento de inutilidade...

"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não..."
(Lenine)