domingo, maio 29, 2005

tri bom!

Maravilhoso o acústico mtv bandas gaúchas. Não sei se é bairrismo da minha parte, mas adorei tudo: a escolha das bandas, o cenário, os convidados especiais, as músicas escolhidas... simplesmente d+. Não vejo a hora de ir no show desse acústico.

sábado, maio 28, 2005

A Teresa é daquele tipo amigona. Além disso, a moça é muito talentosa. Quase cai da cadeira quando li isto:
Exovisão de um encontro

Um dia ela não era conhecida.
Mas nem por isso deixou de existir: vivia intensamente, às vezes enlevava-se e às vezes escondia-se na maré de seus sonhos, aspirando a dias melhores e fazendo uma força cautelosa, inicialmente, para concretizar seus desejos utópicos.

Passou a não ser ignorada.
O olhar sobre ela lançado foi interpretado como um descuido. Percebeu porém, mais tarde, que era um ver furtivo e ao mesmo insistente. E sucumbiu à agonia lancinante de se ver enredada por sensações que não podia controlar.

E quis não ser mais só.
Investiu e foi investida, algo meio assim, confuso e intenso e radiante e preocupante e ininteligível e bom e incômodo também. Muito mais do que sensações, um maremoto de idéias, de hipóteses, de olhos abertos no escuro tentando desfazer o silêncio imóvel da madrugada que descendia pesado sobre os corpos.

E tentou não ser distante.
Quando amanhecia e os rumos voltavam a ser paralelos, o reencontro dos caminhos somente era possível quando houvesse o descarrilamento de uma das partes, especialmente dela. E de tudo (ou quase tudo) fazia para que a confluência fosse serena e caudalosa, paciente e perfeita. No entanto, cada palavra dele convertia-se em desculpas úmidas, alegações de urgente distanciamento por motivos familiares, pessoais e desconhecidos. E infundados talvez. Ela assentiu, querendo respeitá-lo e ajudá-lo a se encontrar em seu próprio mundo.

E começou a não ser mais alegre.
Sentia-se uma invasão na rotina daquela atmosfera camuflada por trás de óculos, livros e fones. Estava incômoda, sem obter respostas às suas perguntas, sem entender o porquê da junção de seus caminhos, posta a brevidade desse encontro.

E decidiu não ser mais próxima.
Ajuntou os fragmentos de sua alma repartida e alçou um vôo fragilizado, para longe daquela turbulência interior na qual ele estava submerso. Inconformada com a necessidade de tal atitude, lamentou e reprimiu suas lágrimas nos braços da noite.

E se esforçou para não ser abatida.
Escondeu as mãos nervosas nos bolsos, mudou a estrada para evitar o possível confronto e esporadicamente lia os sentimentos dele publicados, tentando decifrá-los.

E um novo dia passou a não ser mais vista.
Conseguiu finalmente conquistar seu desejo infantil de ser invisível. Por ele passava e não era percebida. Em vão esboçava um sorriso quadrado e uma pose de aparente rigidez. Sentiu-se como um espectro, mas encarou isso como uma forma de ser superior, alheia à todas as convulsões que o olhar sob o óculos lhe causava. Pensou nessa situação como uma forma de voltar às suas utopias, esquecer a nebulosidade dos dias passados e prosperar, até que enfim.

Hoje ela é. E isso basta.
Uma asa só, que plana e vê tudo de uma outra forma, mais sóbria e menos conturbada, e que ruma ao horizonte. Ao seu horizonte.
(Teresa Azambuya)

(isso que eu chamo de tradução perfeita!)

quinta-feira, maio 26, 2005

Que susto! Bah! tem um texto meu no portal3. Eu nem me lembrava q tinha mandado aquilo. Estou muito supresa!

A coisa que eu mais tenho feito nos últimos tempos foi PROTELAR. Sim, esse lance de ficar empurrando com a barriga, de deixar para amanhã o que eu não to afim de resolver hj, nem depois e nem ano que vem.
Minha cabeça anda um turbilhão, cheia de diálogos, lembranças, coisas para fazer, para resolver, para se livrar, para não esquecer... (Que merda! merda mesmo!)

Preciso escrever o que está passando por aqui. Como se fosse uma necessidade quase que biológica. Passar para o papel, para tela desse computador essas coisas que estão pipocando aqui dentro. E urgente. Porém, PORÉM, isso não dá pra fazer assim, as pressas. Precisa de muito cuidado. Escolhar cada palavra, cada vírgula com muita atenção para não fazer bobagens. Aliás, que no meu caso, é quase impossível não fazer bobagens. Mas tudo bem. Eu chego lá.


(Trilha: Depois - Pato Fu)
"Prometo, juro, garanto
Vou resolver tudo isso
Assim que tiver coragem
E mais nenhum compromisso"

sexta-feira, maio 20, 2005

Ok, de novo entre José, Jesus e Maria. Hoje não deu pra disfarçar. Ainda bem que aparentemente é muito tosco. Mas o perigo está próximo, e o pior: eu gosto de correr riscos!

sexta-feira, maio 13, 2005

amar é...

...decorar os carrinhos da coleção Hot Wheels dele para não correr o risco de comprar repetido;

...ter que entender que "salsicha que arde a língua" é a mesma coisa que linguiça calabresa;

...estar disposta após um dia infernal de trabalho para brincar de qualquer coisa que para ele é super divertido;

...fingir que não está vendo ele embaixo do cobertor e ainda perguntar: "- aparece, onde tu está? não consigo te encontrar!";

...ser o porto seguro na hora da carência, da manha, do choro;

...ouvir ele dizer que odeia quando tu faz a mamadeira pra ele, pois o Mucilon não se dissolve completamente e o leite fica com "bolinhas";

...acordar sábado, às 8h da manhã para ver desenhos japoneses;

...assistir pela 29ª vez o filme Procurando Nemo;

...ter que ouvir ele dizer que a música Ciranda da Bailarina é muito chata;

...dar banho nele e acabar com a roupa toda molhada;

...responder perguntas constrangedoras;

...fingir que não viu ele caindo para não fazê-lo chorar;

...dormir levando pontapés, cabeçadas, pois ele não tem nenhuma noção de espaço quando dorme;

...fazer questão de gastar dinheiro em algo que tu sabe que daqui há 30 minutos ele não vai mais querer saber;

...brincar de fazer muitas cócegas;

...rir com ele até doer a barriga

...entender que "bolacha colada" é bolacha salgada com margarina;

...voltar a ser criança;

...gostar com todas as forças de uma criaturinha, um pitoco de 4 anos, que é mais do que um sobrinho: É a pessoinha que eu mais amo nesse mundo.

quarta-feira, maio 11, 2005

Ufa!

O sol voltou a reinar pelas bandas do mundo encantado de mariafe.
A acidez deu lugar para o sorriso estampado de sempre, o brilho nos olhos ilumina novos sonhos e o catarolar já se ouve pelos cantos.

(essa sim é a mariafe que eu conheço!!)

segunda-feira, maio 09, 2005

Bem, há quase dois anos eu escrevi isto. Mas continua mais atual do que nunca...

Sândalo

A dor física se confunde com a dor que me rasgas as entranhas. Vontade de sair por aí gritando todos os palavrões em todos os idiomas para que todo vejam essa solidão que me rasga por dentro e faz eu sangrar em público. Me sinto uma árvore podada no jardim. Uma árvore que às vezes servia como esconderijo nas brincadeiras de esconde-esconde; de sombra para os dias mais quentes; de apoio para as redes... Mas que hoje já não sirvo mais, pois podaram meus galhos, minhas folhas, minhas flores... Me sinto vazia. Esse vazio me explode por dentro. Tenho raiva. Fui usada, fui traída por quem eu mais confiava. O que era para ser a base de tudo é a base do meu nada. Minha família. Aliás nunca foi minha, pois nunca me senti parte dessa gente dormente que vê o mundo passar preocupados apenas com o horizonte que vêem partir de seus umbigos. Tenho vontade de vomitar sobre eles os insultos mais impróprios. Tudo aquilo que sinto quando chego em casa após um dia horrível de trabalho procurando um conforto, uma palavra, um colo, um abraço... que não encontro. Cobranças e mais cobranças. Fico em dúvida se seria melhor voltar para rua, para o ônibus lotado de cada dia. Me sinto infantil demais. Fui enganada pela propaganda da margarina que sempre me mostrou famílias felizes, todos contentes, juntos à mesa farta. Hoje, demasiadamente carente por causa da dor física, sozinha nesta casa, que nem me lembro se um dia foi um lar, repenso minhas idéias, meus conceitos, minhas frases prontas que decorei ao longo desses anos. Não acho respostas. Encontro apenas mais e mais perguntas. O que está errado? Enlouqueci? Talvez. Queria que tudo fosse diferente. No entanto, não é. Eles nunca vão entender minha vida, meu talento, meus sonhos, meus desejos, minha gana de viver. E eu não vou desistir. Só hoje, vou deixar que as lágrimas molhem meu rosto e esvaziem toda dor que está lá dentro. Para renovar meu espírito por mais 24 horas. Viver um dia de cada vez. Sem esperar muito das pessoas. Vou continuar trilhando meus caminhos em busca dos meus objetivos. E não vou desistir. Sou maior que essa dor que quer me convencer em largar todo para alto para viver nesse mundinho pequeno demais da minha família. Meu talento é maior. Minha batalha é muito maior que tudo. Não vou desistir. Me cortem, me machuquem, quebrem meus galhos. Quanto mais me destruírem mais perfume vou exalar. E não adianta me derrubarem, minhas raízes já ultrapassaram os portões e já percorrem outras ruas do bairro. E amanhã se sentirem o sândalo perfumar a casa durante o café não venham se arrepender do que perderam.
Fernanda Maciel 14-9-03

domingo, maio 08, 2005

Limão

me sinto um limão
não exatamente na forma
mas na acidez

(agora dá licença que preciso hibernar)

sábado, maio 07, 2005


Married With Children (Oasis)

There's no need for you to say you're sorry

Goodbye I'm going home
I don't care no more so don't you worry
Goodbye I'm going home

I hate the way that even though you
Know you're wrong you say you're right
I hate the books you read and all your friends
Your music's shite it keeps me up all night

There's no need for you to say you're sorry
Goodbye I'm going home
I don't care no more so don't you worry
Goodbye I'm going home

I hate the way that you are so sarcastic
And you're not very bright
You think that everything you've done's fantastic
Your music's shite it keeps me up all night

And it will be nice to be alone
For a week or two
But I know that I will be
Right back here with you

There's no need for you to say you're sorry
Goodbye I'm going home
I don't care no more so don't you worry
Goodbye I'm going home

(ouvindo a todo volume)

quinta-feira, maio 05, 2005

o tédio mata? o marasmo dá câncer? perda de memória é provocada pelo sentimento estável?

(tenho que tomar muito cuidado)

domingo, maio 01, 2005

Esses dias li em algum lugar que "há muitos mistérios entre o povo e poder que a nossa vã democracia desconhece". Neste final de semana confirmei isso. Mas paguei pra ver. Foi sábado e domingo de debates exaustivos, mas aproveitei para falar o que tava entalado aqui. Soltei o verbo mesmo. Estou de alma lavada.

trilha sonora:
Implicante - Ana Carolina
Hoje eu levantei com sono com vontade de brigar
Eu tô manero pra bater pra revidar provocação
Olhei no espelho meu cabelo e tudo fora do lugar
Vê se não enche não me encosta
Tô bravo que nem leão
E não pise no meu calo que eu te entorno feito água
E te jogo pelo ralo
Hoje você deu azar

De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça
Hoje eu vou mudar o teu destino
Te passar num pente fino
Então desfaça sua trança
Eu que sou tão inconstante
E você tão permanente
Com a gente tudo enrolado
Não adianta creme rinse
Corta as pontas da sua mágoa
Que hoje eu tô meio implicante
Hoje você deu azar

De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça